quarta-feira, 21 de abril de 2010

A confiança traida o amargo abandono..





A mãe solteira não sabe a que classe pertence.
Sente que provavelmente não vai casar. Os solteiros não a querem. Os viúvos, ela não os quer. É jovem e vê-se, de repente, com uma criança no colo que não sabe cuidar. Precisa trabalhar na fábrica ou na roça, precisa estudar e, ao mesmo tempo, tem que ficar em casa cuidar de seu filho.
Quando um rapaz se aproxima e se mostra interessado, surge a dúvida: Será que ele tem boas intenções ou é mais um que mente? A sociedade a aponta como leviana, vagabunda, perigosa, "um pequeno demônio", e a isola.

Onde está o pai solteiro? Por que ninguém aponta o pai solteiro? Por que o pai solteiro também não assume as conseqüências? Por que tudo tem que ser com a mulher?

O pai solteiro, geralmente, é o namorado ou noivo. Muitas vezes é um pai de família que não mede as conseqüências e não procura administrar seus instintos. O pai, muitas vezes, é o próprio patrão que não respeita a sua funcionária, a sua empregada, carente de afeto, solitária criatura, enfiada dentro de casa, procurando ganhar alguma coisa. O pai, muitas vezes, é o empresário que satisfaz seu egoísmo, rouba a intimidade, saqueia a vida de quem não pode fugir à trama de uma sociedade corrupta, vazia, que não ajuda ou não pensa na felicidade dos outros.

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